sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Papagaios de Papel




Quando eu era pequeno, venturoso,
Meus lindos papagaios empinando,
Dizia: — Não há nada mais pomposo
Que um papagaio de papel voando.


Cresci!...

Hoje, tristonho, pesaroso
Esses brinquedos de papel, olhando,
Logo descubro o vulto carunchoso
Dos que sobem a tudo se apegando.


Tipos que sobem de alma feita em trapos,
Mostrando ao mundo, despreocupados,
Uma cauda nojenta de farrapos...


Tipos de nulidade tão cruel!
Que só sabem subir encabrestados
Como esses papagaios de papel.


(R. Petit)

2 comentários:

wesquina disse...

Eu soltei pipa semana passada num sitio : )


belo poema


beijo hermana

Unknown disse...

atualizar é lenda então?

beijo hermana